domingo, 12 de fevereiro de 2023

Santos Mendonça (1919 – 1991), por Antonio Samarone

Publicado originalmente no Perfil do Facebook/Antonio Samarone, em 12 de fevereiro de 2023

Gente Sergipana  –  Santos Mendonça (1919 – 1991)

Por Antonio Samarone*

Sergipano da Barra dos Coqueiros, o radialista Santos Mendonça apresentou por décadas, com grande audiência, o programa “Calendário”. Foi radialista, cronista social, vereador e deputado. 

Uma homenagem ao radialista foi prestada pela intelectual Indira Amaral, em 2007, nomeando uma sala na Fundação Aperipê: “Auditório Santos Mendonça”. Não sei se essa sala ainda existe.

Parece que Belivaldo acabou com a própria Fundação Aperipê, em 2019.

Sergipe tem essas coisas, acha-se que alguém pode se sentir homenageado por emprestar o nome a uma sala. Eu sei tem casos mais esdrúxulos. Homenagearam um vereador dando o seu nome ao sanitário do mercado: “Reservado Vereador Fulano de Tal. Já puseram o nome de um médico numa ambulância. 

O memorialista e imortal Murilo Melins, descreveu Santos Mendonça de forma definitiva:

“Podemos dizer que ele foi o homem dos sete instrumentos. 

Lembramos o Santos Mendonça, atleta, goleiro do Palestra e jogador de basquete, bancário do Banco Mercantil Sergipense, speeker, radialista, ator, comerciante, proprietário de cinema, rádio amador, vereador e deputado." 

"Conheci Mendonça, o vaidoso e simpático goleiro, que já saia de casa uniformizado, exibindo seu corpo malhado, graças aos exercícios praticados pelo método de Charles Atlas, dirigia-se a pé pela rua de Vila Nova até o velho campo do Adolfo Rollemberg, para defender o arco do Palestra.”

Melins conta, que num programa de auditório, Santos Mendonça anunciou que um pescador tinha encontrado um dentadura perdida nas areias da Atalaia. Para surpresa geral, o dono do artefato apareceu para recuperá-la, ao vivo, no programa.

Santos Mendonça chegou à presidência da Assembleia Legislativa. Foi cassado pelo AI – 5.

Santos Mendonça nos deixou um livro delicioso, “Zig-Zag”, onde conta com graça e leveza, muitos "causos" da vida sergipana.

No prefácio do livro, Santos Mendonça se apresenta: “Nascido na Barra dos Coqueiros, filho de pais pobres, experiente em tropeço e dificuldade. Os brinquedos que conheci muito bem, foram as varas de pescar, o jereré a linha de pegar siri.

Curioso não, amigos ouvintes, curiosíssimo!” – era o seu bordão, no rádio.

(Na foto, Santos Mendonça é o repórter de bigodinho, atrás de Leandro Maciel.)

 * Antonio Samarone. (médico sanitarista)

Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Antonio Samarone.

Link da publicação original no Facebook >  https://bit.ly/3K2Eokf

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