Publicado originalmnte no site G1 GLOBO, em 01/10/2021
Rádio CBN completa 30 anos (01/10/21)
A rádio está presente em 86 das 100 principais cidades do país. São quatro emissoras próprias, que contam com um time de mais de 150 jornalistas, além de 37 afiliadas espalhadas pelo país, com 300 profissionais.
A mensagem de boas-vindas foi ao ar nas primeiras horas da manhã: “Outubro de 1991, começa aqui uma cadeia que se formará em todo o Brasil e vai transmitir 24 horas por dia tudo de importante que acontecer em sua cidade, no país e no mundo”.
“Neste momento, a ZYJ 463, Rádio CBN, Rio de Janeiro, inicia seus trabalhos. Bom dia, ouvintes", anunciou o locutor da rádio.
Nascia a Central Brasileira de Notícias, idealizada pelo jornalista Jorge Guilherme e por José Roberto Marinho, atual vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo.
Durante alguns dias, o noticiário ainda dividiu espaço com a música até que o próprio José Roberto ligou para a rádio e disse que, na condição de ouvinte, gostaria que a emissora tivesse uma única missão, eternizada no primeiro slogan: “CBN, a rádio que toca notícia”.
E no país que vivia os primeiros anos da redemocratização, notícia era o que não faltava.
Teve protesto: “Milhares de pessoas foram ao Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, para a manifestação contra Collor e pela ética na política”.
Perda de um ícone da política: “O deputado Ibsen Pinheiro reabriu uma suspensa sessão e deu um comunicado oficial sobre a morte do deputado Ulysses Guimarães”.
Quatro anos depois da inauguração, a CBN voltou a inovar. Em 1995, as transmissões que estavam restritas ao AM foram para o FM. Novos ouvintes que chegavam para acompanhar fatos históricos.
Durante o apagão, em 1997, o radinho de pilha foi companheiro dos brasileiros.
Anos mais tarde, foi também pelo rádio que muita gente ficou sabendo de um acontecimento que impactaria o mundo: “São 9h56, um avião bateu em uma das torres do World Trade Center, há poucos instantes, em Nova York. O prédio está pegando fogo”.
“Eu estava no ar apresentando um programa local, e aquele programa local virou global porque nós entramos em rede com todo o Brasil imediatamente para contar aquela história que transformaria o século 21”, relembrou o âncora da CBN Mílton Jung.
Prestar serviço de qualidade, com incentivo à cidadania, e a rapidez da informação sempre foram marcas da emissora: “Um avião da TAM tentou fazer um pouso no Aeroporto de Congonhas, não conseguiu, atravessou a pista principal que é a Avenida Washington Luiz e, neste momento, está pegando fogo”.
“O desafio da CBN é entregar a notícia com credibilidade, com agilidade e com contexto para o ouvinte estar sempre bem-informado”, afirmou o diretor de Jornalismo da CBN, Pedro Dias Leite.
A rádio, que completa 30 anos, está presente em 86 das 100 principais cidades do país. São quatro emissoras próprias, que contam com um time de mais de 150 jornalistas, além de 37 afiliadas espalhadas pelo país, com 300 profissionais.
Repórteres, produtores, editores, âncoras e comentaristas que produzem 24 horas por dia informação e opinião.
“A pessoa está sentada no carro sozinha, está te ouvindo. Então, na verdade, você não está falando com 200 mil, 300 mil, você está falando com uma pessoa. Então, é esse tipo de conversa que você tem que ter, como se você estivesse conversando com a pessoa aqui do teu lado. Você tem que ser muito claro, muito preciso”, disse Carlos Alberto Sardenberg, âncora e comentarista da CBN.
A voz do locutor de rádio sempre despertou a imaginação dos ouvintes. Mas, de uns anos para cá, a tecnologia mudou essa relação. Desde 2007, toda a programação da CBN está disponível também em vídeo, inclusive no Globoplay. Dá para ver e ouvir tudo o que acontece dentro do estúdio e matar um pouco da curiosidade.
A CBN também se destaca em outras plataformas digitais. Hoje, sete dos 25 podcasts mais ouvidos na América Latina são produzidos na CBN.
“Eu acho que a rádio do futuro, acima de tudo, é a rádio que vai estar cada vez mais presente na vida do ouvinte, por diversos meios digitais, seja o podcast, o celular, o assistente pessoal em casa, a TV. O rádio vai englobar ali, vai quase acompanhar os ouvintes à medida que eles forem se deslocando pelos diversos meios”, disse Pedro Dias Leite.
Texto e imagem reproduzidos do site: g1.globo.com
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