Colibri (à direita) entrevista Danilo Santos
de Miranda sobre restrições nas verbas culturais do SESC
de Miranda sobre restrições nas verbas culturais do SESC
Crédito:Reprodução
Publicado originalmente no site da PORTAL IMPRENSA, 13 de
maio de 2020
"Aqui não toca jabá", diz o jornalista Colibri sobre a
premiada programação musical da Rádio Brasil Atual
Redação Portal IMPRENSA
Diretor geral da Rádio Brasil Atual, Oswaldo Luiz
"Colibri" Vitta se tornou um dos jornalistas culturais mais
respeitados entre músicos, compositores e artistas da cena paulistana.
Apresentador do programa Na Hora do Rango, que ganhou o
prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) na categoria rádio em
2018, Colibri é reconhecido por seu trabalho de divulgação da diversidade
musical brasileira, abrindo os estúdios da Brasil Atual para apresentações ao
vivo de músicos, compositores e cantores de "todas as tribos".
"Aqui não tem jabá. Tocamos músicas que as outras
emissoras não tocam e damos notícias que elas não dão", gosta de repetir
Colibri, que tem 46 anos de jornalismo e já
trabalhou nos principais jornais brasileiros: Diários, Folha de São
Paulo, Estado e O Globo. Também passou por SBT, Record, Bandeirantes e Globo.
Com a pandemia, Colibri teve que deixar o Na Hora do Rango
momentaneamente de lado para apresentar de sua casa o programa Colibri na
Quarentena, no qual mantém a proposta de entrevistar artistas brasileiros e
transmitir suas performances ao vivo.
Com orientação musical eclética, que vai do sertanejo raiz
ao rap, da MPB ao choro, os programas culturais apresentados por Colibri também
são transmitidos na TVT, onde alcançam 1,0 de média e 1,5 de pico de audiência
(Na Grande São Paulo, 1 ponto equivale a 70,5 mil domicílios e 688,2 mil
indivíduos). Na comparação com a audiência de emissoras comerciais os números
são pequenos, mas representativos em se tratando de divulgação cultural
independente.
A Fundação Comunicação Cultura e Trabalho (que engloba TVT ,
Radio Brasil Atual e Portal Rede Brasil Atual) tem como gestores o Sindicato
dos Bancários de São Paulo e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
A Brasil Atual opera com concessão de emissora educativa e
não pode comercializar espaço publicitário. Suas origens remontam à experiência
da Rádio dos Bancários, que foi ao ar de 92 a 94, em horário alugado na rádio
Gazeta AM São Paulo.
Em síntese, a ideia é praticar um "radiojornalismo
alternativo, engajado na luta dos movimentos sociais e dos direitos humanos e
comprometido na defesa dos trabalhadores".
Além do prêmio concedido pela APCA, a Rádio Brasil Atual
venceu por duas vezes o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos.
Suspenso pela pandemia, o projeto de gravar o programa Na
Hora do Rango com auditório aberto ao público é atualmente uma das grandes
paixões de Colibri, que ele pretende retomar assim que as orientações de
distanciamento social permitirem.
Uma das edições mais marcantes desse projeto ocorreu em
junho de 2019, quando o Na Hora do Rango foi transmitido com participação do
público a partir do SESC Paulista. Na ocasião, o programa apresentou o projeto
Samba do Trabalhador, idealizado pelo sambista Moacyr Luz, que tem mais de 300
músicas gravadas, cerca de 100 delas em parceria com o letrista Aldir Blanc.
"Converso sempre com os músicos e muitos estão
desanimados com a crise atual. Mas o momento é de união, resistência, luta. As
pessoas precisam se reinventar, e as lives estão aí mostrando isso. Na rádio
também estamos buscando novos caminhos, pois o sindicalismo foi muito atacado
nos últimos anos", diz o jornalista, acrescentando que a Brasil Atual tem
parceiros de conteúdo como Observatório do Terceiro Setor, Justificando e
Brasil de Fato.
Texto e imagem reproduzidos do site: portalimprensa.com.br
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